São Paulo, 4 de novembro de 2024 – Hoje, em frente à sede da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), trabalhadores de diversos setores uniram-se em um ato contra a privatização de serviços públicos, com foco especial na educação. O SITSESP, Sindicato dos Trabalhadores em Serviços Socioeducativos de São Paulo, teve presença destacada na manifestação, representando profissionais do setor socioeducativo que protestam contra o que consideram uma ameaça de privatização e precarização das condições de trabalho.
Durante o protesto, a Polícia Militar interveio de forma agressiva, dispersando os manifestantes com uso de cassetetes e bombas de efeito moral. Relatos apontam que a abordagem policial foi brusca e desproporcional contra os manifestantes que reivindicavam pacificamente contra as privatizações.
A diretoria do SITSESP, que estava na linha de frente do ato, expressou indignação com o ocorrido, afirmando que a repressão aos manifestantes apenas reforça a necessidade de união e resistência contra políticas que afetam os direitos e serviços essenciais para a população.
O presidente do SITSESP, Neemias de Souza, discursou para os manifestantes e denunciou a “intenção” do atual governo em privatizar as principais empresas estatais. Souza enfatizou os riscos que a privatização representa para a qualidade dos serviços oferecidos à população. “Recentemente, vimos o caos no setor elétrico com os apagões que afetaram milhões de paulistanos. O governo quer repetir essa história com o transporte e educação, entre outros”, afirmou, referindo-se ao impacto das privatizações na prestação de serviços essenciais.
Além dos trabalhadores da educação, o ato contou com a presença de outras categorias que também estão sob ameaça de privatização.
De acordo com especialistas, a transferência desses setores para a iniciativa privada certamente vai subordinar as necessidades da população aos interesses financeiros das empresas. “Privatizar é colocar os lucros acima das necessidades básicas da sociedade, o que é inaceitável para nós que defendemos o serviço público”
O protesto em frente à Bovespa consolidou a união de diversos setores sociais contra as propostas do governo Tarcísio de Freitas (republicanos).
As lideranças sindicais reiteraram que seguirão mobilizadas até que as demandas da população sejam respeitadas e as privatizações revisadas.