Nesta sexta-feira, 27/10, trabalhadores dos serviços públicos do estado de São Paulo se uniram para pedir um basta na desvalorização da categoria e no sucateamento do setor. Durante todo o dia, diversas ações foram realizadas para alertar a população sobre os desmandos promovidos pelos governos municipal, estadual e nacional. Um ato, realizado na Avenida Paulista, fechou a agenda do dia.
As atividades foram organizadas pelas centrais sindicais CUT, CTB, Nova Central, Intersindical, Força Sindical, Pública e CSP-Conlutas e teve apoio dos movimentos que integram a Frente Brasil Popular.
Geraldo Alckmin (PSDB), no governo do estado, e João Doria (PSDB), na prefeitura da capital, têm promovido o sucateamento dos serviços públicos em São Paulo e ameaçado entregar as empresas públicas aos empresários por meio de privatizações.
No começo de outubro, Alckmin enviou à Assembleia Legislativa o Projeto de Lei 920/2017, que prevê a limitação dos investimentos públicos por dois anos, impactando setores da saúde, educação e demais serviços. O PL sofre ataques até dos deputados da base do governador.
Já no cenário nacional, com o golpista Michel Temer (PMDB) na Presidência, também estão em risco diversas estatais, como as dos setores financeiro, petrolífero e de telecomunicações. Soma-se a isso o congelamento dos investimentos nos serviços e as reformas nas leis trabalhistas que penalizam os servidores.
Presidente da CUT-SP, Douglas Izzo lembrou que há três anos não há reajuste salarial pelo governo estadual e que o PL pretendido afetará toda a população. “Estão em jogo no país o desmonte do Estado e a estabilidade do funcionalismo. E, no estado de São Paulo, o PL 920, de Alckmin, representa a retirada de direitos, o que afetará não apenas os servidores, mas toda a população. Não vamos permitir que mexam em nossos direitos.”
Anulação da reforma
Sindicatos de diversas categorias também foram às ruas para coletar assinaturas para o abaixo-assinado que pede a revogação da reforma Trabalhista. A campanha é promovida pela CUT e tem como meta 1,3 milhão de assinaturas.
Participaram da ação entidades do interior, Baixada Santista, Grande São Paulo e capital. Na Avenida Paulista, durante o ato unificado, os participantes também aproveitaram para buscar apoio ao projeto.