Um incidente de fuga ocorrido durante o atendimento no CAPS envolveu um adolescente vinculado à CASA Santo André 2. O jovem foi conduzido ao CAPS, localizado em Heliópolis, zona sul de São Paulo, acompanhado por uma técnica e dois agentes da unidade. Durante o atendimento, o adolescente aproveitou uma oportunidade e realizou a fuga. Os agentes tentaram contê-lo imediatamente, seguindo-o pela comunidade de Heliópolis até a Estrada das Lágrimas, mas sem sucesso.
Fugas como esta têm se tornado cada vez mais frequentes nos CAPS, especialmente quando os atendimentos ocorrem em locais próximos às residências dos adolescentes atendidos. Essa situação não apenas expõe os servidores e a comunidade a riscos, mas também aumenta a preocupação com a segurança de todos os envolvidos. A proximidade com as áreas familiares dos adolescentes pode facilitar a organização de resgates, potencializando os perigos durante os deslocamentos e os atendimentos.
O SITSESP (Sindicato dos Trabalhadores do Sistema Socioeducativo do Estado de São Paulo) tem acompanhado atentamente esses casos e demonstrado empenho contínuo em buscar soluções para reforçar a segurança nos atendimentos realizados fora das unidades de internação. Entre as ações promovidas estão o diálogo constante com os gestores da Fundação CASA, a cobrança por maior suporte técnico e logístico, e a busca por protocolos mais rígidos que minimizem os riscos durante o transporte e o atendimento dos adolescentes nos CAPS e outras instituições externas.
Além disso, o SITSESP tem articulado esforços para garantir melhores condições de trabalho aos servidores, incluindo treinamentos específicos para lidar com situações de crise e fugas. O sindicato entende que a segurança de todos – agentes, técnicos, adolescentes e comunidade – deve ser uma prioridade e segue comprometido em construir um ambiente mais seguro por meio de parcerias e propostas que visem reduzir a frequência de episódios como o relatado.
Este incidente reforça a necessidade de uma revisão ampla nos procedimentos atualmente adotados, priorizando estratégias que combinem segurança, eficiência e a garantia dos direitos dos adolescentes em atendimento.