NOTA PARA OS VEÍCULOS DE IMPRENSA
REPÚDIO
Oficio Imprensa nº 120/2022
SITSESP/Diretoria de Imprensa 10 de junho de 2022
SITSESP | MATÉRIA DA FOLHA DE SÃO PAULO ENTITULADA “FUNDAÇÃO CASA ACIONA POLÍCIA CONTRA SERVIDORES POR 4.138 FALTAS COM ATESTADO EM UM ANO”
O SITSESP vem repudiar, em todos os sentidos e contextos, a Fundação CASA e a matéria exibida na ferramenta online do veículo de imprensa Folha de São Paulo no dia 09/06/2022 às 08h, onde é afirmado que a Fundação CASA entrou com “notícia crime” na Polícia Civil do Estado de São Paulo contra servidores da instituição, por emissões de atestados médicos.
A matéria em si foi contextualizada apenas pelo que foi dito pela Fundação CASA, em nenhum momento a entidade sindical foi chamada para dar a versão dos servidores, deixando a impressão para a opinião pública que o trabalhador da Fundação CASA é um oportunista, falsário, criminoso, para não dizer, um vagabundo.
E é este o objetivo da Fundação CASA, deturpar, desmerecer e sujar a imagem do seu servidor, principalmente aquele que está na linha de frente, no pátio, no “chão da fábrica” o Agente de Apoio Socioeducativo que há muito vem lutando para que sua nomenclatura seja trocada para Agente de Segurança Socioeducativo, como é na maioria da federação, porque é isso que ele é.
É este Agente que faz a segurança do sistema socioeducativo, é ele quem faz a segurança dos adolescentes, dos demais servidores, dos visitantes, familiares dos adolescentes, da imprensa, mesmo quando são chamados para cobrir matérias que subjetivamente esses adolescentes são “vítimas”, quando as vítimas, são os Agentes que tentaram conter situações de risco e saíram com sérios danos físicos e psicológicos, mas isto não importa para a maioria dos veículos de imprensa, o que importa é se algum interno ficou ferido, isso sim importa e vende notícias pois, se ele – interno – saiu ferido, vão nominar o servidor como torturador e dizer que agiu com força bruta. É isso que importa para a Fundação CASA, que na maioria das vezes informa para a imprensa aquilo que ela acha, com aquele velho e conhecido clichê – vamos averiguar e abrir sindicância para que a corregedoria investigue os fatos, e se algum servidor estiver envolvido, serão tomadas as medidas administrativas.
Fazemos um esforço sobre-humano para manter a saúde dentro de um ambiente insalubre, perigoso e penoso, ficamos doentes, tentamos de todas as formas colocar estas situações na mídia, quase que num pedido de socorro, mas isso não importa, o que importa é se o atestado médico foi forjado ou falsificado.
Para isso existe a corregedoria e não manchar a reputação de toda uma categoria de servidores que saem de casa, mas não sabem se voltam.
Trabalhamos no limite da tensão, com faltas de servidores afastados por problemas de saúde e psiquiátricos, número mínimo para tocar um plantão onde um servidor tem que assumir seu posto com mais de 30, 40, 50 ou mais adolescentes infratores dos mais diversos níveis de criminalidade, assaltantes, latrocidas, estupradores, traficantes, envolvidos com facções criminosas.
Morremos com estacadas garganta a dentro, morremos por espancamento de diversos adolescentes quando o quadro de servidores não é suficiente para conter uma situação de rebelião, enfim, morremos e adoecemos quando compulsoriamente nos transferem para longe de nossos domicílios e familiares sem qualquer aviso prévio, colocando nossas vidas em risco nas estradas em idas e vindas de plantões cansativos e tensos, mas isso não interessa para a mídia e para a Fundação CASA. O que interessa é manchar a imagem do servidor, sucatear a Fundação CASA para num futuro privatizá-la.
Na Fundação CASA o trabalhador entra por concurso público saudável e é transformado em um ser humano doente, tem gente que mal consegue andar, que vai trabalhar com muletas para não perder o já tão baixo salário, isso é o que é feito pela Fundação CASA. Vejam bem como a Fundação faz com a vida destes pais e mães de família, criam doenças que seus servidores adquirem para depois culpa-los por isso.
Fecham Centros de atendimento, transferem compulsoriamente, não se abre concurso público há quase uma década, abrem planos de demissões para os servidores aderirem, mas não recolocam material humano. Como não adoecer? Como não se afastar por atestados médicos?
Existe a figura do trabalhador seja lá onde estiver laborando suas atividades que comete a má conduta e não estamos aqui defendendo isto, mas existe a figura também da corregedoria que é composta para averiguar essas atitudes, o que não pode existir e a figura que expõe toda uma categoria, que ataca a dignidade e que subjetivamente, generaliza fatos isolados colocando aqueles que trabalham para levar o sustento para suas famílias, em situações delicadas que irá gerar mais doenças e consequentemente, mais atestados médicos.
SITSESP – Diretoria de Imprensa, 10 de junho de 2022