Neste 04 de outubro, Dia do Agente Socioeducativo, o SITSESP, Sindicato da Socioedução do Estado de São Paulo, vem reforçar a importância desses profissionais e destacar os desafios enfrentados diariamente por essa categoria. O SITSESP ressalta que os agentes socioeducativos desempenham um papel essencial na ressocialização de jovens, mas que, muitas vezes, seu trabalho não recebe o devido reconhecimento e suporte.
O sindicato destaca a necessidade urgente de melhores condições de trabalho, mencionando questões como o risco constante de violência a que os profissionais estão expostos. Além disso, apontou que a categoria sofre com salários defasados, falta de treinamentos adequados e escassez de apoio psicológico para lidar com a complexidade do trabalho.
A entidade sindical também fez um apelo ao governo e à sociedade para valorizarem mais o trabalho dos agentes socioeducativos, que estão na linha de frente, não apenas garantindo a segurança dentro das unidades, mas também sendo agentes de transformação na vida dos jovens em conflito com a lei. O sindicato enfatiza que é preciso haver políticas públicas mais robustas que garantam não só o reconhecimento salarial, mas também o respeito à integridade física e emocional desses profissionais.
“É um trabalho desafiador, mas essencial para a construção de uma sociedade mais justa. Sem condições adequadas de trabalho, os agentes socioeducativos têm dificuldade de exercer plenamente seu papel, comprometendo a ressocialização dos adolescentes e, consequentemente, a segurança pública”, disse Neemias de Souza, presidente do SITSESP
A data deve servir não apenas como um momento de celebração, mas também de reflexão sobre os avanços necessários para que os agentes socioeducativos tenham mais dignidade e valorização.
Nesta mesma data, o agente socioeducativo Francisco Carlos Calixto foi brutalmente assassinado durante uma rebelião na Fundação Casa de Marília, ocorrida no dia 4 de outubro de 2016. Calixto, que estava completando 51 anos no dia de sua morte, foi atacado por adolescentes que faziam parte de um motim. Ele foi ferido mortalmente com um cabo de vassoura na garganta, enquanto outros cinco agentes ficaram feridos. A rebelião, que durou cerca de duas horas, resultou também na fuga de 18 adolescentes.
O presidente Neemias de Souza, juntamente com a vice-presidente Aline Alonso e a diretora Isabel, estão em Marília para reforçar a importante data em memória do saudoso Francisco.
O sindicato tem intensificado as lutas por melhores condições de trabalho e políticas que promovam a valorização da categoria, buscando abrir diálogo com o poder público e demais atores da sociedade para garantir o fortalecimento do sistema socioeducativo. Também reforça a importância de ações conjuntas entre os profissionais e a sociedade para que o sistema socioeducativo brasileiro possa cumprir seu papel de ressocializar os adolescentes de maneira efetiva, oferecendo-lhes a oportunidade de uma nova perspectiva de vida.