O SITSESP, através da gestão sindical e seus dirigentes sindicais que estiveram em visita aos Centros que a Fundação CASA está fechando ou propensa a fechar, traz um breve relato para a categoria:
FECHAMENTO DOS CENTROS
Estivemos, enquanto direção, em reunião nesta semana tanto no semiliberdade São Bernardo quanto no CASA São Bernardo 2. O diretor de divisão avisou que a semiliberdade de São Bernardo será extinta e o CASA São Bernardo será suspenso. Nas internações de São Bernardo havia 18 adolescentes em um Centro e 13 em outro.
Agendamos reuniões com a promotoria de São Bernardo.
Importante dizer: Em São Bernardo há ações civil públicas promovidas pela vara da infância e juventude e a promotoria, mas uma dessas ações civil solicita a garantia do atendimento socioeducativo aos adolescentes de São Bernardo.
Sobre os servidores: o diretor de divisão falou que serão abarcados na regional, porém na reunião, os dirigentes sindicais falaram que nem todos querem ficar na regional, a direção solicitou que ele veja com a Fundação CASA as vagas existentes em outros locais.
Os dirigentes sindicais também acompanharam a reunião no CASA Itaquera, a diretora garantiu aos servidores que não haverá fechamento neste momento.
No CASA Arujá, a situação está pior, pois estão retirando os adolescentes e o diretor está afastado, pegou 10 dias de atestado e ninguém informa nada para os servidores, tentamos, sem êxito, falar com a diretora de divisão.
Nesta segunda-feira, 19, iremos na divisão e tentaremos uma reunião com a promotoria e os juízes de Arujá.
Estamos em contato na DRO com os delegados sindicais para dialogarmos com os atores do sistema socioeducativo da região de Mirassol, que também está na mira de fechamento.
A Gestão Sindical está mantendo contato também com os delegados sindicais de algumas localidades do interior para deliberar ações contra o fechamento de Centros. No caso de Marília, já está previsto o fechamento da semiliberdade, necessário sabermos a data para tentarmos uma intervenção.
A Fundação CASA e o governo Tarcísio de Freitas estão obcecados pela PPP e rasgando o ECA e SINASE, não se importando com a saúde do servidor e servidora, com a socioeducação e, muito menos, com as medidas socioeducativas que são o pilar para que estes adolescentes voltem ao convívio social e os trabalhadores envolvidos no sistema, sejam reconhecidos de fato no seu bem estar e deem continuidade neste trabalho essencial para a retirada de adolescentes no mundo do crime.
A Gestão Sindical não está medindo esforços para que estes absurdos e terrorismo do governo e gestão patronal cessem.
Diante disso o que nós queremos saber é se esse governo realmente tem o interesse de promover e realizar a medida socioeducativa de maneira eficiente e eficaz como ditam as diretrizes da própria Fundação CASA, pois não é compreensível da nossa parte que a partir do momento que uma unidade de atendimento socioeducativo é esvaziada e passa a atender os critérios de proporcionalidade entre servidores e adolescentes, de acordo com o que está estabelecido no SINASE, o governo lança uma medida de fechamento desses centros de atendimento e transfere os adolescentes e servidores que ali estão para outros centros que passam a viver as mesmas dificuldades com superlotação, com dificuldades na prestação de serviços e, até mesmo, falta de efetivo.
E ficam duas perguntas para a gestão patronal: Como não ter absenteísmo com essa tortura insana e o medo diário de perder seu local de trabalho e convívio familiar?
Como não adoecer sabendo que a qualquer momento a gestão patronal, sem qualquer senso de humanidade e respeito ao trabalhador, irá arrancar as raízes criadas durante anos?
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