SITSESP INFORMA | TUMULTO NO CENTRO CASA GUARULHOS

by imprensa

Na quarta-feira (07) os trabalhadores da Fundação CASA viveram mais um momento de tumulto em um Centro, fato que está se tornando rotineiro na sucateada gestão da Fundação CASA.

A Gestão Reconstrução e Luta do SITSESP, representada pelos dirigentes sindicais Iuri Teixeira, Josiane Aponi, Emerson Feitosa e o colaborador da pasta de imprensa Adriano Neiva, esteve presente no Centro CASA Guarulhos, onde ocorreu mais um caso de tumulto que começou por volta das 15h e terminou por volta das 18h. Eles ouviram os servidores e constataram que os adolescentes se organizaram para uma rebelião em massa dentro do Centro.

Os gestores do Centro CASA Guarulhos foram comunicados que estava acontecendo um movimento estranho mas, seguindo o exemplo da gestão executiva da Fundação, nada fizeram para que o mal fosse cortado na raiz, pagaram para ver acontecer e aconteceu.

Os adolescentes depredaram todo o Centro, materiais pedagógicos destruídos, TV’s, tablets, cadeiras e câmeras de CFTV, tudo adquirido com dinheiro público para a socioeducação desses adolescentes, também foram destruídos por eles mesmos. Durante o tumulto trabalhadores foram feitos reféns, inclusive um trabalhador já idoso.

Enquanto a categoria agoniza, clamando reconhecimento profissional, um tratamento humanitário, sobrevivendo com baixíssimos salários, clamando, ainda, por qualidade de vida e saúde, a Fundação CASA insiste em dar aos infratores aquilo que nem de perto, nem o mínimo, dá ao seu trabalhador.

Os próprios trabalhadores conseguiram conversar e convencer os adolescentes a por fim naquela situação. A polícia militar foi chamada para fazer a segurança externa do local, o grupo de apoio regional, drasticamente reduzido, também se fez presente no local. Dois trabalhadores foram agredidos e encaminhados ao pronto socorro.

Estamos retrocedendo para situações que ocorriam na FEBEM dos anos 80, 90 e início dos anos 2000, mas a gestão que se instalou no governo Dória continua dizendo que está tudo sob controle. Sob controle de quem? Esta é a pergunta que eles não conseguem responder em reuniões do SITSESP com a executiva da instituição.

Pessoas sem nenhum know-how de trabalho nos Centros caem de paraquedas em gabinetes regados a ar condicionado, cafezinhos e água mineral, ganhando altos salários sem nunca terem entrado em um pátio com 30, 40, 50, ou até mais, adolescentes que cometeram os mais diversos atos infracionais.

As agressões, as mortes, os tumultos e rebeliões vêm acontecendo e, com elas, o baixo efetivo de trabalhadores, as perseguições aos servidores, o absenteísmo por doenças crônicas adquiridas ao longo dos anos de trabalho na instituição, as transferências compulsórias e fechamentos de Centros levando os trabalhadores para longe de seus domicílios e famílias, plantões com dois ou três trabalhadores onde deveria haver um efetivo de no mínimo oito ou dez, tudo isso são situações que continuam a ocorrer dentro do processo de desmonte que essa gestão da Fundação CASA adotou em seu processo de sucateamento.

O que aconteceu em Guarulhos e a grande mídia acompanhou, será mais um meio para a Fundação CASA punir mais e mais trabalhadores. Uma pergunta fica no cenário tão desumano que estamos passando neste momento: será que podemos ter esperança no governo que estará à frente do estado de São Paulo a partir do próximo ano?

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