SITSESP intensifica mobilização contra a ameaça de privatização da Fundação CASA, defendendo os direitos dos servidores e rejeitando qualquer tentativa de precarização do sistema socioeducativo.
O sindicato tem atuado intensamente dialogando com forças políticas, mantendo contato permanente com deputados estaduais e federais, vereadores e representantes da sociedade civil, além de promover reuniões, debates e manifestações unindo forças e buscando apoios para enfrentar essa grave ameaça.
O corpo jurídico do SITSESP está avaliando possíveis ações legais para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam preservados diante da possível privatização.
A sociedade exige diálogo e um estudo detalhado dos impactos antes de qualquer decisão. O objetivo é evitar a precarização das condições de trabalho, demissões em massa e a perda de direitos conquistados ao longo dos anos. É essencial que o governo apresente números concretos e um estudo sobre os efeitos da privatização, para permitir um debate honesto sobre as consequências para trabalhadores, internos e suas famílias.
A falta de transparência no processo de privatização prejudica a análise dos riscos e benefícios envolvidos, comprometendo a confiança da sociedade nas políticas públicas. Sem esses dados claros, impossibilita-se avaliar com responsabilidade o impacto dessa decisão.
O compromisso do SITSESP é proteger os servidores e garantir um sistema socioeducativo de qualidade. A gestão atual tem atuado no combate a precariedade do sistema, tais como, fechamento de centros, falta de reposição de funcionários e arrocho salarial, agravando a situação.
A inclusão da Fundação CASA na lista de privatizações, por meio de Parcerias Público-Privadas (PPP), gerou grande desconforto entre os servidores e reações negativas da sociedade civil, entidades sindicais e especialistas em direitos humanos.
O SITSESP, liderado pelo presidente Neemias de Souza, já manifestou preocupação com o impacto nas condições de trabalho e o risco de demissões em massa, reforçando sua oposição à medida.
Outra questão alarmante é a possível perda de qualidade no atendimento socioeducativo. Críticos argumentam que, sob gestão privada, o foco no lucro pode comprometer a ressocialização dos adolescentes, reduzindo investimentos em educação, saúde mental e reintegração social, áreas fundamentais para a missão da Fundação.
A privatização de serviços públicos essenciais levanta sérias dúvidas sobre a qualidade e o acesso, especialmente em áreas sensíveis como a socioeducação. Muitos acreditam que cabe ao Estado garantir um processo de ressocialização humanizado, focado na recuperação dos adolescentes e sua reintegração à sociedade, algo que pode ser comprometido em um modelo privatizado.
Especialistas em direitos da criança e do adolescente expressam preocupação de que a privatização resulte em um tratamento mais punitivo e menos pedagógico, contrariando os princípios fundamentais da Fundação CASA, que priorizam o atendimento humanizado.
Alterar a gestão para a iniciativa privada pode trazer mudanças drásticas na abordagem adotada, com consequências graves para o futuro dos adolescentes e a missão da Fundação.
O SITSESP discorda do argumento do governo de que a privatização traria economia e eficiência. Para o sindicato, essa não é a solução ideal, especialmente quando os trabalhadores e a qualidade do sistema socioeducativo estão em risco.
Reafirmamos nosso compromisso de defender e representar os servidores da socioeducação no Estado de São Paulo.