São Paulo sedia duas importantes conferências para o fortalecimento da saúde pública e dos direitos dos trabalhadores
Entre os dias 3 e 6 de abril, a cidade de São Paulo sediou dois eventos de grande relevância para a construção de políticas públicas de saúde mais justas, inclusivas e participativas: a 5ª Conferência Municipal da Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora (5ª CMSTT) e a 22ª Conferência Municipal de Saúde de São Paulo (22ª CMSSP).
A 5ª CMSTT é uma conferência temática, voltada especificamente para discutir os direitos, desafios e políticas à saúde dos trabalhadores e trabalhadoras. O evento reforçou a importância de avançar na implementação da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, instituída pela Lei n.º 1.823/12, e destacou a necessidade de garantir condições dignas de trabalho e ambientes saudáveis.
Durante os debates, um dos pontos centrais foi o entendimento de que a saúde do trabalhador e da trabalhadora é um direito humano essencial, muitas vezes desrespeitado de forma estrutural nas relações de trabalho. Casos de adoecimento físico e mental, assédio, sobrecarga e precarização foram apontados como desafios urgentes que precisam ser enfrentados com políticas públicas efetivas, fiscalização e investimento contínuo.
Já a 22ª Conferência Municipal de Saúde de São Paulo representou um importante marco para a retomada dos processos de participação social na gestão da saúde pública. Realizada dois anos após a última conferência, a 22ª CMSSP foi promovida com o apoio e coordenação do Conselho Municipal de Saúde, reunindo representantes da sociedade civil, trabalhadores da saúde, gestores e usuários do SUS.
A participação do SITSESP nas conferências foi representada pela diretora Ângela Santos, que acompanhou de perto os debates e reforçou a importância da presença dos trabalhadores do sistema socioeducativo nesses espaços de construção de políticas públicas. Para Ângela, eventos como a 5ª CMSTT e a 22ª CMSSP são fundamentais para garantir que as especificidades da categoria sejam ouvidas e consideradas na formulação de ações que promovam saúde, dignidade e condições adequadas de trabalho.
A conferência teve como principal objetivo a elaboração de propostas para a construção do novo Plano Municipal de Saúde de São Paulo, reafirmando o papel fundamental da sociedade no controle social e na definição dos rumos da saúde pública.
Ambas as conferências reforçam a importância de garantir a presença ativa da população nos espaços de debate e decisão, assegurando que a saúde — seja no ambiente de trabalho ou no cotidiano das comunidades — seja tratada como um direito inegociável, e não como privilégio.
Com ampla participação e debates qualificados, os eventos evidenciaram que o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) passa, necessariamente, pela escuta ativa, pelo respeito aos direitos dos trabalhadores e pela construção coletiva de soluções.
