Sitsesp segue na luta contra as reformas trabalhista e previdenciária

by mhais

E esta semana demonstrou a capacidade de mobilização da classe trabalhadora e dos movimentos sociais. A avaliação é do presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Fundações Públicas de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente em Privação de Liberdade do Estado de São Paulo –Sitsesp, Aldo Damião.

Ao lado da categoria e de diversas entidades, como o Conselho Nacional da Socioeducação-Conasse e a CUT, o presidente participou da marcha em Brasília, no último dia 24, que reuniu cerca de 200 mil pessoas.

Para Aldo, o protesto no Distrito Federal demonstrou a crise brasileira e o medo do governo ilegítimo de Michel Temer (PMDB) diante dos movimentos, mas, aponta, ainda há muito que fazer para que a população brasileira compreenda esta conjuntura. “Vivenciei um dia de repressão, tomei gás de pimenta na cara, tudo isso aconteceu comigo. Cheguei a ouvir as rádios locais contando nossa versão dos fatos, mas, por outro lado, a grande mídia, como a Globo golpista, mostrou tudo ao contrário, como se nós não estivéssemos ali para lutar por direitos, mas para fazer baderna. E aí está uma disputa importante que devemos fazer porque é o futuro do Brasil que está em jogo”, diz.

O dirigente também critica o fato de as Forças Armadas terem sido convocadas e, lembra Aldo, que até mesmo os juristas brasileiros avaliaram esta atitude como crime de responsabilidade. “Tanto que Temer retrocedeu depois de tanta pressão”, ressalta. 

Além da luta por Diretas Já, pela saída de Michel Temer e contra as reformas atuais colocadas pelos golpistas, questões que afetam a vida do povo brasileiro, Aldo ressalta ainda a preocupação do sindicato pelas pautas específicas da categoria. 

“Nossa luta não termina por aqui. Primeiro estamos lutando por uma Previdência pública e para que todos possam se aposentar um dia. Mas não perdemos no horizonte a disputa por aposentadoria especial para os trabalhadores da socioeducação, especialmente os seguranças, porque sabemos do extremo desgaste físico e emocional que passa a nossa categoria no local de trabalho”, conclui.

O dirigente lembra ainda que, desde o lançamento da campanha salarial, em 1º de março, data-base da categoria,o governo de Geraldo Alckmin (PSDB) ainda não sentou para negociar com reajuste salarial e, tampouco, cláusulas sociais.

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