A Fundação CASA anunciou a transferência das atividades da unidade CASA Cora Coralina, atualmente localizada no Brás, para a cidade de Diadema, com prazo até o dia 15 deste mês para a mudança. A medida tem gerado insegurança e descontentamento entre os servidores, especialmente entre as mulheres que atuam na segurança socioeducativa.
Nesta terça-feira, dia 8, ocorreram duas reuniões com representantes da DRCAP (Diretoria Regional Metropolitana Capital) e os funcionários da unidade: uma no meio da tarde com os homens e outra no início da noite com as mulheres. O principal ponto discutido foi justamente o processo de transferência e seus impactos sobre os trabalhadores. O SITSESP esteve representado pela diretora Isabel Soares e o diretor Edson Brito.
Apesar da abertura de edital para manifestação voluntária de interesse de transferência por parte dos servidores em atuar em Diadema, a adesão foi baixa, principalmente entre as mulheres, que representam a maioria do efetivo AAS do Cora Coralina. A unidade, por ser feminina, conta majoritariamente com agentes de segurança do sexo feminino, o que tornou obrigatória a transferência compulsória de servidoras para a nova localização.
Segundo relatos colhidos pelo sindicato, muitas dessas servidoras serão seriamente afetadas com o deslocamento, entre os casos apurados estão problemas de saúde e deslocamentos longos, já que a maioria reside em regiões próximas à unidade atual, responsabilidade com filhos pequenos, cuidado com pais idosos, além disso, trata-se de profissionais com longa trajetória na Fundação CASA, muitas delas com mais de 40 anos e décadas de serviço prestado.
Diante da situação, o SITSESP representando a categoria, anunciou que irá elaborar um ofício formal à Fundação CASA, relatando as dificuldades levantadas junto aos servidores e servidoras. O objetivo é cobrar da Fundação CASA, sensibilidade e responsabilidade na condução do processo, garantindo que os direitos dos servidores sejam respeitados e que haja alternativas viáveis para mitigar os impactos da transferência.
“Não se trata apenas de uma mudança de endereço, mas de uma mudança que afeta a vida, a rotina e a saúde de servidoras que dedicaram anos à Fundação. É preciso ouvir quem está na linha de frente e encontrar soluções humanas para essa transição”, reforça a direção sindical.
O sindicato segue acompanhando a situação de perto e se compromete a manter diálogo com os gestores da Fundação CASA em defesa das condições dignas de trabalho para todos os profissionais envolvidos.